sexta-feira, agosto 17, 2007

E agora José?

O que você lerá a seguir é a matéria publicada pelo jornal Gazeta de Joinville de 12 de abril de 2007
Prisão de pedreiro, sem prova material, sem perícia e sem investigação coloca em xeque o sistema

Uma sucessão de erros, trapalhadas e encenações permeiam as investigações que resultaram na prisão do pedreiro Oscar Gonçalves do Rosário (22), suspeito da morte da pequena Gabrielli Cristina Eichholz. Ela foi encontrada agonizando em um tanque utilizado para batismo, ao final de um culto na Igreja Adventista localizada no bairro Iririú, na manhã do dia 3 de março. O crime ganhou repercussão nacional e, acossados pela determinação do próprio governador Luiz Henrique para que o caso fosse resolvido com rapidez, os delegados responsáveis pelo caso acabaram por se enredar em declarações que não correspondem aos fatos, em produção de laudos periciais questionáveis e, por fim, na prisão de um suspeito sem uma prova material sequer, senão uma confissão, hoje negada pelo suspeito.

Na entrevista coletiva que anunciou sua pretensão em denunciar o pedreiro, o promotor Andrey Cunha Amorim revelou que não havia como fazer o teste de DNA para comprovar a autoria do crime , dizendo, inclusive, que a realização do exame teria sido prejudicada. O promotor afirmou que a roupa da menina estaria impregnada por líquidos corporais do suspeito, mas que foi entregue à família e acabou lavada, prejudicando qualquer exame. Segundo ele, também não havia sangue.
Mas, a afirmação entra em choque com as declarações colhidas pela imprensa logo após o assassinato. No dia 6 de março, três dias depois do crime, o delegado Rodrigo Gusso afirmou para jornalistas da Agência Estado que "a agressão foi feita com extrema violência, a ponto de dificultar a coleta de esperma entre a grande quantidade de sangue nos procedimentos de necropsia". No dia 8 de março, a mesma agência noticiosa, assim como outros veículos, trouxe a público que "o principal suspeito de ter estuprado e estrangulado Gabrielli Cristina Eichholz foi submetido ao teste de DNA, cujo resultado, que deverá sair dentro de uma semana, será confrontado com o material colhido no corpo da menina", palavras do delegado Maurício Eskudlark, titular da Chefia de Polícia do Estado de Santa Catarina, naquela oportunidade, atribuindo o crime a um jovem de 17 anos.

E a rede de equívocos não acaba por aí. A perícia médica também é foco de questionamentos. O laudo foi assinado pelo médico João Koerich, que não é perito oficial do IML de Joinville, mas acabou designado pelo delegado regional Dirceu Silveira Júnior para cuidar do caso. Para as advogadas do suspeito, o documento é lacônico, pouco detalhado, dá margens interpretações diversas, inclusive pondo em dúvida até mesmo se houve crime.

A perícia não encontrou material de outra pessoa na menina ou em sua roupa, a fralda, importantíssima para análise, desapareceu e a roupa, de forma imprudente, foi entregue para a família e acabou lavada. Um médico conhecedor do setor disse que estranhou a indicação do colega que não é perito do órgão, já que, segundo ele, no dia havia pelo menos outros quatro legistas na cidade à disposição do instituto. Ele ainda afirma que a perita criminalística Ruth de Souza Correa teria deixado a direção do Instituto de Perícia de Joinville em virtude do caso. A perita criminalista confirmou sua saída, mas preferiu não falar dos motivos.

Falha na reconstituição

Outro fato que deixa dúvidas foi a reconstituição. Para a advogada Elisangela Asquel Loch, Oscar revelou que o delegado Dirceu e o grupo que o acompanhava teriam lhe mostrado a igreja e todos os ambientes com importância no crime antes de iniciar o procedimento de reconstituição. Para elas, a atitude do delegado comprometeu o procedimento e acabou viciando a instrução criminal.

E, ao que tudo indica, até mesmo o promotor Andrey Cunha Amorim já tem dúvidas quanto a autoria do suposto crime.

Na audiência da semana passada, o promotor pediu ao Judiciário para inquirir a Brasil Telecom sobre os telefonemas originados de um telefone público localizado nas proximidades da casa do tio de Oscar, na manhã do crime. Confirmando o horário da ligação de Oscar para a irmã, em Canoinhas, próximo ao horário do crime, provaria também seu álibi. Naquela manhã, ele telefonou duas vezes para o celular da irmã. Na primeira vez, ela se encaminhava para a Igreja Nossa Senhora das Graças, na Vila Fuck, em Canoinhas, e pediu para ele ligar depois. A segunda ligação, aconteceu por volta das 9h30 quando ela estaria chegando em casa. A missa acabou por volta das 9 horas e, como ela leva cerca de 30 minutos caminhando até sua casa.
Oscar ligou do telefone junto de uma padaria, próxima a casa do seu tio, que fica a mais de dois quilômetros do local do crime, que aconteceu entre às 9h30 e 10 horas.

Oscar com a vida em risco


Tanto a advogada Elisangela Asquel Loch, a bacharel em direito Camila Mendonça de Freitas quanto os familiares do pedreiro preso temem por sua vida.

No entendimento da família, toda a orquestração montada para incriminar o jovem Oscar do Rosário começa a fazer água, e assim, seria conveniente que ele não chegasse com vida até o fim do processo. "Por isso, insistimos para que o Oscar continue separado dos outros presos e que o Judiciário tome todas as medidas necessárias para garantir sua segurança", sustenta a advogada, que apresentou a defesa prévia na semana passada e continua investigando todos os elementos apontados na denúncia e que pretende entrar com hábeas corpus devolver o pedreiro à liberdade.
Mas, ao que tudo indica, a cúpula da polícia de Santa Catarina vai continuar sem influir nos desacertos que cercam toda a investigação da morte da pequena Gabrielli. O secretário de Segurança Ronaldo Benedet, depois de consultar o delegado regional Dirceu Silveira Júnior, referendou todos os atos do delegado, confiante na culpa do pedreiro, apesar de tudo que já veio à tona.

Depois de 04 meses Oscar continua preso e olha o que os médicos dizem sobre o caso. E agora José? Ou deveria dizer e Poder Judiciário de Santa Catarina?

É uma vergonha!!! http://www.gazetadejoinville.com.br/A4-152.htm

quarta-feira, agosto 08, 2007

É uma vergonha!!!

Assista os videos (enquanto o youtube não deleta...)





Pra quem não teve a curiosidade de ler no youtube...

"Advogada e jornalista pela Faculdade da Cidade, em Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, a socialite é conhecida por suas polêmicas. Em 1995, divorciou-se do empresário Caco Gerdau, filho do presidente do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter. Com o divócio, Narcisa teve direito a um apartamento no chique edifício Chopin, em Copacabana, avaliado em 1,5 milhão de dólares, a despesas domésticas pagas e a uma pensão: 5,000 dólares mensais (que afirmou achar ridícula). Atira ovos e outros objetos em pessoas do alto do seu apartamento, atividade que ela supõe divertida, reflexo de uma sociedade liderada por elites podres que, quando atingida pelos problemas sociais do país, vão para as ruas pedir PAZ, ao invés de começarem a mudar o país dando um bom exemplo. Dos casamentos teve duas filhas, uma com o citado empresário e a outra com Boninho, diretor da Rede Globo. Narcisa é irmã da deputada estadual Alice Tamborindeguy (PSDB-RJ).

Vício e depressão

Ainda na adolescência teve contato com drogas nas festas que freqüentava, tendo enfrentado forte depressão em virtude do vício. De 12 a 23 de fevereiro de 1998, ficou internada na Clínica Solar do Rio, para dependentes químicos, a mesma em que a atriz Vera Fischer submeteu-se a tratamento, também no mesmo ano. A crise foi detonada em janeiro de 1998, quando Narcisa envolveu-se em um escândalo que foi noticiado nas primeiras páginas dos jornais. Junto com o magnata grego Constantine Niarchos, morto recentemente de overdose de cocaína, a mulher dele e mais outro casal a socialite foi parar na 16.ª DP, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. O grupo discutiu a bordo do helicóptero que os levaria a Angra dos Reis. Na ocasião, o amigo advogado que os acompanhava acusou os demais de consumirem droga. A polícia nada encontrou.

Volta por cima

Em 1999, lançou o livro Ai que Loucura!, pela Editora Record, em que conta principalmente histórias antológicas do jet set carioca. Recentemente, noticiou em seu site que está escrevendo outro livro que se chamará Ai, que absurdo!, no qual discorrerá sobre os absurdos do mundo e do cotidiano, com pequenos conselhos como dicas de viagens, conhecimento e cultura. Participou também de uma série de programas do apresentador Amaury Jr., em que fazia entrevista com celebridades."

segunda-feira, agosto 06, 2007